Lilo & Stitch Live action - cabana geek

Crítica: Lilo & Stitch live-action e a nova visão de “ohana”

O tão aguardado live-action de Lilo & Stitch estreou em maio nos cinemas. A missão era difícil: honrar uma animação da Disney tão querida por toda uma geração. E a primeira coisa a se dizer é que o filme não tenta ser igual ao original. Isso pode ser sua maior qualidade, ou seu ponto mais polêmico.

A nova versão aposta em mudanças de tom, na introdução de novos personagens e em uma releitura do próprio significado de “ohana”. O objetivo é claro: entregar uma história mais emocional, com nuances voltadas à vida adulta e aos desafios familiares.

Confira o que o Cabana Geek achou do live-action de Lilo & Stitch.

Uma nova rede de apoio: rostos inéditos na história

Entre as mudanças mais evidentes estão os personagens inéditos, como a assistente social Sra. Kekoa (Tia Carrere) e a vizinha Tutu (Amy Hill). Eles não estão ali por acaso. Servem como rede de apoio para Nani (Sydney Agudong) e Lilo (Maia Kealoha), reforçando o senso de comunidade.

A trama deixa de focar apenas na dupla protagonista. Agora, também mostra como o entorno influencia o amadurecimento das duas. Essa abordagem se aproxima do estilo de filmes mais realistas.

Lilo ganha camadas, Stitch mantém a essência

A mudança no perfil de Lilo é um dos pontos mais comentados. Na animação, suas atitudes eram vistas como “esquisitices” divertidas. Aqui, o roteiro busca justificar seu comportamento. A rebeldia infantil dá lugar a reações emocionais mais conscientes. Isso pode agradar quem busca mais profundidade, mas talvez afaste quem gostava da espontaneidade da Lilo original.

Stitch continua igual ao que os fãs amam: destrutivo, caótico e adorável. Sua essência foi mantida. Ele ainda é o elo entre o drama e o humor. Sua presença traz equilíbrio à trama, alternando entre emoção e diversão.

Um novo olhar sobre “ohana”

O conceito de “ohana” ganha novas camadas. Parte do público criticou as atitudes de Nani, alegando que elas vão contra o que significa “família”. Mas o filme propõe um debate mais maduro sobre esse laço.

Lilo e Nani no live-action de Lilo & Stitch - cabanageek
Lilo (Maia Kealoha) e Nani (Sydney Agudong). Foto: Divulgação / Reprodução.

Nani é retratada como alguém que precisou amadurecer cedo. Ela deixou seus sonhos de lado para cuidar da irmã. Agora, encontra a chance de olhar para si. Ao contrário da animação, onde só contavam uma com a outra, o live-action mostra uma rede de apoio que ajuda ambas. Isso permite que Nani siga seu caminho, sem abandonar o amor por Lilo.

A história mostra que amar também é permitir que o outro cresça. Família é apoio, mas também é espaço para evolução individual. Essa nova abordagem emociona, sem apagar a mensagem original. Ela a amplia.

Veredito final

O live-action de Lilo & Stitch não é só uma homenagem nostálgica. É uma reinterpretação sensível e corajosa. Ele respeita a essência da animação, mas segue por caminhos próprios. As mudanças podem causar estranhamento, mas refletem questões importantes sobre amadurecimento e laços familiares.

Stitch continua sendo o coração do filme. Lilo e Nani, por sua vez, ganham novas camadas e dilemas mais realistas. Se você está disposto a enxergar que “ohana” pode ter diferentes significados ao longo da vida, essa versão com certeza tem algo valioso a dizer.

E você, conseguiu se emocionar com essa nova versão ou preferia algo mais fiel ao original? Compartilha com a gente aqui nos comentários e continue ligado no Cabana Geek para mais críticas e tudo o que rola no mundo do entretenimento!

Lilo & Stitch segue em cartaz nos principais cinemas de todo o Brasil.